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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Costanza Pascolato


Costanza Maria Teresa Ida Clotilde Pallavicini Pascolato (Siena, 19 de setembro de 1939) é uma empresária e consultora de moda. Nascida na Itália, Costanza chegou ao Brasil aos cinco anos, acompanhada pelos pais, Michele e Gabriella Pascolato, que, em 1948, fundaram a Tecelagem Santa Constância. Com a morte do pai, Costanza assumiu a tecelagem e a transformou numa das maiores empresas brasileiras do ramo têxtil, até hoje fornecendo tecidos para os maiores estilistas do país.


Formada em moda no Santa Rosa, foi consultora de moda da revista Claudia, da Editora Abril, e assinou uma coluna de moda no jornal Folha de São Paulo, integrando posteriormente a equipe da revista VOGUE. Assinou o design de uma coleção de jóias da H. Stern.
Figura sempre presente na mídia, Costanza é reconhecida como uma autoridade em moda no Brasil. Escreveu três livros: Essencial: o que você precisa para saber viver com mais estilo, Como ser uma modelo de sucesso e Confidencial, lançado em 2009.

Encontrei alguns trechos que falam um pouco do que pensa esta mulher, na entrevista dada a jornalista Laura Lopes, na Revista Época – 04/07/09.

CURIOSA
“Os artistas que, na época ainda eram outsiders na sociedade, me atraíam porque a vida deles era toda atormentada, aventurosa… Eu já achava interessante, e tudo o que era maldito eu lia, aos 10, 12 anos. O que eu não queria era ser convencional. Mas eu não era rebelde, não fazia o contrário ou tinha um comportamento agressivo”.

BONITINHA
“Porque se mergulhar nessa coisa de achar que é bonita, aí que você dança. Tive um marido que dizia o seguinte: “Não tenha medo das mulheres bonitas. Sempre tenha medo das mulheres feias, porque elas são mais hábeis”.


ESTILO
“O perigoso, para as pessoas comuns, é fazer tudo de uma vez. Querer parecer alguma atriz da novela e colocar tudo o que ela põe. Você tem que se inspirar em alguns pedaços daquela moça, que dão um tipo de imagem, mas completa com uma coisa que é sua. Aí fica pessoal. Eu sempre adorei a Audrey Hepburn. Para mim, é um modelo até hoje. Mas nunca fui a Audrey Hepburn, faço o que tem que fazer com meu nariz, com minha cabeça e com meu corpo.”

ÓCULOS DE SOL
“Primeiro, eu não enxergo; segundo, eu tenho fotofobia, e, muito importante, eu não quero que vejam minhas olheiras crescendo ao longo do dia. É mais estiloso do que óculos de grau – sem eles eu não consigo enxergar. E não consigo colocar lente porque tenho alergia.”

BARATINHO
“Aliás, desde a época de vacas magras eu já comprava em lugares bem baratinhos, e era quase um desafio dizer “oba, eu consegui encontrar essa coisa aqui. Todo mundo está achando bacana”. Era quase uma brincadeira.”

SUPERAÇÃO
“Eu entrei em depressão profunda, em 1996. Câncer, em 93, e a queda, em 95. Sabe que eu não me lembro? Mas foi uma batalha, ficava muito fraca. Mas mais uma vez eu acho que fui privilegiada.”

ROMANCE
“Agora eu não quero saber mais (de romance). Fui casada quatro vezes, você acha que alguém aguenta mais? A questão é que estou com 70 anos, eu me acho super bem do jeito que estou. Mas para você realmente ser feliz com alguém, você tem que assumir a outra pessoa totalmente e ela te assumir, incondicionalmente. E isso não existe na minha idade. A gente não tem paciência”.


Dicas e pensamentos que estão no livro Confidencial, segredos de moda, estilo e bem-viver


- Tão fundamental quanto a elegância é o desejo de ter estilo. Para o escritor americano Gore Vidal, estilo é saber quem você é, o que quer dizer não dar a mínima para o resto.

- Nunca, portanto, tente copiar o estilo de alguém, imitá-lo literalmente. Estilo vem com certificado de autenticidade.

- “A roupa não leva a lugar nenhum. É a vida que você vive nela que leva” (Diana Vreeland, editora de moda)

- “O luxo tem de ser confortável, do contrário, não é luxo. As mulheres devem poder entrar num carro sem estourar as costuras. As roupas devem ter formas naturais” (Gabrielle Chanel)

- A ideia de tudo combinadinho − colar igual a anel, igual a pulseira, igual a brinco − há muito já foi abolida, e o que vale é o gosto pessoal com bom senso para manter equilíbrio e conforto.

- Encontrar a postura correta, sentar-se ou caminhar tranquilamente, expressar-se com naturalidade, revelando concentração ou descontração através dos movimentos é uma possibilidade de ganhar mais segurança para viver.

- Nunca me vesti só por vestir, mas para fazer um depoimento, todos os dias.

- Com menos dinheiro, você realmente constrói um guarda-roupa porque sabe, primeiro, que só pode comprar o que vai usar. Segundo, por uma questão prática.

- Jamais mostro meus braços porque o prazo de validade da pele venceu. Há uns vinte anos mais ou menos.




Gabriela Muniz Barbosa


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