É comum vermos coleções inspiradas em filmes, quadros, pessoas, livros. Mas como um estilista chega ao trabalho final que é apresentado nas passarelas?
Coleção da Forever 21 inspirada no filme Alice no País das Maravilhas
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Antes da criação e confecção das peças, existe todo um processo de pesquisa e estudo da obra escolhida. É esse processo que nós, alunas do primeiro período de Design de Moda da Unipê, fizemos para a primeira avaliação da disciplina de pesquisa e criação de moda, ministrada pela Professora Gabriela Maroja.
A proposta do trabalho era, em grupo, fazer a confecção de uma roupa inspirada em alguma obra surrealista, cujo tema havia sido estudado e discutido em sala.
O processo todo teve oito etapas:
1º etapa - A escolha de uma obra surrealista por grupo.
Obra escolhida pelo nosso grupo |
2º etapa - Cada grupo escreveu dez palavras que remetessem, de acordo com sua percepção, a obra escolhida por eles, podendo ter sentido denotativo ou conotativo.
3° etapa - Das dez palavras escritas foram destacadas cinco, nas quais se interligavam de alguma forma.
4º etapa - As cinco palavras destacadas foram jogadas em um banco de ideias junto com cores, formas, materiais e texturas que o grupo pretendia utilizar.
Banco de ideias |
5º etapa - Confecção de um painel, baseado no banco de ideias elaborado por cada grupo. Esse painel pretendia apresentar principalmente formas e texturas que futuramente seriam utilizados na fase da confecção da roupa.
Painel de textura |
6º etapa - Elaboração de um segundo painel, desta vez apenas de recortes de revistas, dando ênfase a formas e cores que seriam utilizadas.
Painel de recortes |
7º etapa - Desse segundo painel, cada integrante do grupo, em um papel vegetal, tirou formas das imagens recortadas.
Realização da 7º etapa |
Formas tiradas do painel de recortes |
8º etapa - Elaboração e confecção da roupa.
Nossa criação |
A nossa peça foi feita basicamente de sacos plásticos preto, já que a professora havia sugerido o uso de materiais recicláveis, na saia do vestido usamos uma armação de tule rosa, dando mais feminilidade ao look e quebrando um pouco do preto total, havia também um capuz que conserva o ar sombrio que queríamos dar ao nosso vestido, além de ser ótimo para os dias de chuvas em meninas (rsrsrss).
As correntes como acessório passou toda a ideia desejada por nós, do homem preso ao tempo, que foi completada pelo make up, o cabelo e claro pela atuação da nossa modelo Gabi Muniz.
Nosso grupo e o look criado por nós |
Todo o processo ajuda a liberar a criatividade das alunas, e desconstruir a obviedade das ideias iniciais, que sempre surgem.
A elaboração da roupa ficou a escolha de cada grupo, o material que seria usado poderia ser desde tecido até mesmo sacos plásticos (como foi o nosso caso), essa era a hora de botar toda nossa criatividade para fora, não precisando confeccionar algo que seja “usável” fora das passarelas, até porque a base do nosso trabalho foi o surrealismo (rsrsrss).
O trabalho final de todos os grupos |
Professora Gabriela com o trabalho das alunas. |
Com a elaboração das peças, as alunas organizaram uma pequena apresentação de seus modelos seguida de um desfile, passando em nas salas dos outros períodos do curso, mostrando seus modelitos.
Preparação para o desfile |
Desfile |
Apresentação em outras turmas |
Além de aprender todas as etapas de um processo de criação e elaborar uma peça de roupa nós nos divertimos horrores, e tenho certeza que também fizemos a alegria dos que passavam pelo desfile.
E ai, alguém topa usar algum desses modelitos?
Beijos
Beijos
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